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Câncer de Pênis

O câncer de pênis é uma doença relativamente rara com incidência no Brasil variando de cerca de 3-7 casos em cada 100.000 habitantes, sendo observado um predomínio dos casos na região Nordeste (mais da metade dos casos).  Homens acima dos 60 anos, brancos, não circuncidados, com baixo nível socioeconômico, costumam ser o perfil mais observado, sendo a higiene precária do pênis o principal fator de risco. Apesar de raro, o câncer de pênis é uma doença potencialmente mutilante podendo provocar sérios prejuízos tanto funcionais (sexual e urinário) quanto psicológicos. Campanhas com objetivo bem direto de instruir de forma clara a população sobre a importância da boa higiene são a principal forma de prevenção ao câncer de penis. Outros fatores de risco são: fimose que impossibilite a higiene adequada, inflamação crônica do pênis, líquen escleroso, tabagismo, infecção pelo HPV e condiloma acuminado, homens com múltiplas(os) parceiras(os) sexuais ou que iniciaram sua vida sexual precocemente. A circuncisão na infância pode ser um fator protetor uma vez que facilita a higiene local, diminui a incidência de inflamações no pênis diminui o risco de transmissão do HPV. Estando associada ou não a circuncisão, a principal medida preventiva ainda é a boa higiene local. 

O diagnóstico do câncer de pênis é obtido através da biópsia da(s) lesão(ões) suspeita(s). Aquelas feridas que não cicatrizam ou que pioram apesar do tratamento merecem avaliação cuidadosa. Exames como ultrassom e ressonância magnética do pênis podem ajudar a avaliar a extensão local da doença e exames como tomografia de abdômen e PET/TC podem ser utilizados para avaliar a presença de metástases, principalmente nos pacientes que apresentem linfonodos (nódulos) palpáveis nas regiões inguinais.  

 Como os pacientes com perfil para o desenvolvimento do câncer de pênis não costumam procurar atendimento médico precoce, não é incomum identificar lesões já em estágios mais avançados na primeira consulta, o que muitas vezes inviabiliza tratamentos menos agressivos e a melhor preservação estética e funcional do pênis. Em casos iniciais pode-se tentar tratamentos menos agressivos como o uso tópico de imiquimod ou 5-fluoracila, laserterapia com Nd:YAG ou CO2, ou a técnica de glans resurfacing.  Em casos em que são identificadas lesões invasivas ou doença avançada o tratamento cirúrgico poderá ser indicado, podendo dependendo do caso/posição da lesão, ser realizada apenas a remoção da glande (cabeça do pênis), remoção de parte do pênis ou em casos extremos a remoção completa do pênis ou toda genitália. Novas técnicas de reconstrução objetivam minimizar o impacto estético e funcional, mas o objetivo no câncer de pênis é sempre a prevenção uma vez que medidas simples mudam drasticamente a condição de risco.

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