Localização

Av. Nossa Sra de Copacabana, 1066
Sala 1109 - Copacabana

WhasApp

21 97234-5500

DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs ou ISTs) apresentam uma alta incidência em praticamente todos os países e podem ser provocadas por mais de 30 agentes diferentes entre vírus, bactérias, fungos e protozoários. A OMS estima que mais de 1 milhão de pessoas adquirem DST diariamente. Costuma-se dividir as DST em doenças que provocam úlceras, infecções da uretra e cérvix uterino, doenças que provocam lesões elevadas no genital e doenças com apresentação sistêmica como as hepatites e HIV.  As mudanças no relacionamento interpessoal e comportamento sexual da sociedade nas últimas décadas associada a desinformação acerca das DSTs, favoreceu o comportamento de risco e a elevação na transmissão das infecções sexualmente transmissíveis nos últimos anos, sendo uma queixa cada vez mais frequente no consultório urológico.  

Entre as doenças ulceradas temos a sífilis, cancro, linfogranuloma venéreo e donovanose. A quantidade de lesões ulceradas, características como aspecto da base, presença de secreção, bordos, dor associada, associação com presença de nódulos na região inguinal podem ajudar a suspeita diagnóstica, sendo todas tratadas normalmente com antibióticos.  Existem outras doenças não infecciosas que podem provocar úlceras genitais, então a persistência das lesões após o tratamento demandam uma avaliação cuidadosa.

As infecções da uretra no homem e normalmente do cérvix uterino na mulher são provocadas normalmente por bactérias como a Neisseria gonorrhoeae (Gonorréia), Chlamydia, Ureaplasma, Mycoplasma e em menor frequência pelo protozoário Trichomonas, sendo que os sintomas podem variar desde a um desconforto recorrente na uretra até muita dor e saída de secreção purulenta em quantidade considerável pela uretra. O tratamento também é realizado através da administração de antibióticos. 

As lesões elevadas mais comumente encontradas são as vesículas/bolhas provocadas pelo herpes genital em atividade e lesões verrucosas provocadas pelo HPV. Ambas são infecções virais que podem levar anos entre o contato e a manifestação de lesões, sendo a recorrência algo frequente. Havendo lesões em atividade é possível a transmissão enquanto na ausência de lesões não há a chance de transmissão, por isso a educação da população quanto ao comportamento dessas doenças é o principal método de prevenção/controle.  Estima-se que 530 milhões de pessoas sejam portadoras do vírus do herpes genital (HSV-2) e que mais de 290 milhões estejam infectadas pelo HPV. A vacinação contra HPV principalmente das crianças antes do início da vida sexual deve diminuir o número de infectados, mas não substitui a necessidade de educação da população sobre a identificação de possíveis lesões transmissíveis. As lesões pelo HPV estão relacionadas ao desenvolvimento do câncer de colo de útero nas mulheres e do câncer de pênis nos homens. 

Dentre as doenças sexualmente transmissíveis com apresentação sistêmica estão as hepatites B e C, além da infecção pelo HIV, sendo doenças com sérias repercussões e com potencial de complicações e mortalidade.  O ministério da saúde orienta sempre o rastreio de infecções pelos vírus da hepatite B e C, HIV e sífilis quando houver suspeita de qualquer DST devido a possibilidade de contaminação cruzada.

A educação da população é a principal forma de combate às ISTs. Muitas pessoas ainda se contaminam mantendo comportamento sexual de risco por desinformação. O ministério da saúde promove campanhas de prevenção para as diversas ISTs, acesso a preservativos, protocolos de profilaxia como o PREP, mas ainda nos deparamos com o desconhecimento da população de conceitos básicos como a possibilidade de transmissão de ISTs pelo sexo oral desprotegido e a necessidade de suspender as relações sexuais quando apresentar lesões suspeitas na genitália.

Agende uma consulta

Você pode marcar sua consulta online.