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Hiperplasia Prostática ou “Crescimento Benigno da Próstata”

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável pela produção do líquido prostático que irá compor o sêmen, localizando-se abaixo da bexiga englobando a primeira parte da uretra (uretra prostática), canal por onde é eliminada urina e por onde é ejetado o sêmen. A próstata sofre ação da testosterona (hormônio masculino) apresentando uma primeira fase de crescimento na puberdade quando os níveis de testosterona aumentam atingindo por volta dos 20 anos um tamanho cerca de 15 a 20 g – 3 a 4 cm de comprimento.

A maioria dos homens irá apresentar um segundo crescimento da próstata iniciando a partir dos 30-40 anos, podendo levar a compressão da uretra e obstrução progressiva do fluxo urinário. Estudos mostraram que o crescimento da próstata foi encontrado em cerca de 50% dos homens com 50 anos e em até 75% dos homens com 70 e 80 anos.

O crescimento benigno da próstata não é um processo agudo (rápido) e pode levar anos até o paciente se queixar de sintomas provocados pela dificuldade ao fluxo urinário. Hoje em dia os sintomas de obstrução ao fluxo urinário são classificados entre sintomas de armazenamento , onde seriam observados queixas como vontade súbita de urinar, aumento da frequência urinária, necessidade de acordar várias vezes a noite para urinar, perdas urinárias involuntárias; sintomas de esvaziamento onde pode haver a queixa de demora para conseguir começar a urinar, jato urinário fraco, várias interrupções do jato urinário, necessidade de fazer esforço para conseguir urinar, gotejamento excessivo no final da micção; e por último os sintomas pós-miccionais onde pode haver queixa de sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar (manter desejo de urinar após parar de urinar), e manter gotejamento após ter terminado de urinar , que pode ser confundido algumas vezes com incontinência urinária . Em casos extremos o crescimento da próstata pode provocar o quadro de retenção urinária aguda provocando forte desconforto ao paciente com necessidade de atendimento na emergência e passagem de uma sonda pela uretra para permitir o esvaziamento da bexiga.

O diagnóstico da hiperplasia prostática é principalmente clínico, feito através da consulta médica e exame físico com urologista, mas podem ser solicitados exames complementares como a dosagem do PSA no sangue, ultrassom da próstata com avaliação do resíduo pós-miccional, urofluxometria e estudo urodinâmico, uretrocistografia, uretrocistoscopia entre outros para auxiliar no diagnóstico e descartar outras doenças que podem ter sintomas urinários. O diagnóstico precoce do crescimento da próstata permite um acompanhamento e tratamento adequado do paciente evitando as complicações que essa doença pode levar, como infecções urinarias de repetição, sangramento urinário, retenção urinária súbita e perda de função da musculatura da bexiga.

O tratamento da hiperplasia prostática depende do nível dos sintomas (leve, moderado ou severo), do grau de obstrução ao fluxo urinário que está provocando e da condição clínica geral do paciente, tendo por objetivo sempre aliviar os sintomas urinários, melhorar a qualidade de vida, corrigir as alterações que o crescimento da próstata pode provocar, prevenir a evolução da doença e evitar as complicações que podem ser devidas a hiperplasia prostática. O tratamento pode variar desde apenas vigilância do paciente com consultas regulares até o tratamento cirúrgico para desobstrução. Em casos mais leves a orientação de medidas de comportamento como adequação da ingesta de líquidos ao longo do dia visando minimizar o volume em situações de risco, reduzir álcool e cafeína, ajuste de medicações diuréticas, tratar constipação; tratamento com fisioterapia específica para o assoalho pélvico pode ser suficiente para melhora dos sintomas. O emprego de medicamentos para o tratamento do crescimento da próstata é muito comum pois muitos pacientes não procuram o urologista enquanto apresentam apenas sintomas leves. As classes de medicamentos mais utilizadas são os alfabloqueadores e inibidores da fosfodiesterase, que provocam o relaxamento da musculatura lisa do colo da bexiga e próstata, facilitando o fluxo urinário; os inibidores da 5 alfa redutase que bloqueiam a conversão de testosterona em DHT e podem prevenir a progressão da doença ou até levar a uma pequena diminuição do tamanho da próstata; e os antimuscarínicos e agonistas beta 3 adrenérgicos que atuam relaxando a musculatura da bexiga. Ao contrário do que é divulgado em propagandas de meios de comunicação não há comprovação cientifica no uso de fitoterápicos e suplementos, que vemos sendo comercializados em larga escala com promessas de tratamento adequado da hiperplasia prostática.

O tratamento cirúrgico da hiperplasia prostática pode ser indicado em casos moderados que não tenham boa resposta ao uso de medicamentos ou mesmo pacientes que não tolerem efeitos colaterais das medicações e casos com sintomas e sinas de obstrução severa ao fluxo urinário que podem provocar danos ao sistema urinário do paciente. Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas sendo desde cirurgias convencionais (abertas) a cirurgias minimamente invasiva como laparoscópica e robótica, cirurgias realizadas pela uretra como a incisão e ressecção endoscópica da próstata, eletrovaporização da próstata, emprego de cirurgias com uso de laser como o Greenlight e o HoLeP, terapia com microondas (TUMT) ablação transuretral com agulha (TUNA), o lift urteral (urolift), entre outras. A decisão por uma técnica cirúrgica leva em conta uma série de fatores devendo o paciente ser avaliado e orientado adequadamente por seu urologista na avaliação pré-operatória. Ao contrário do que a maioria dos pacientes acreditam são muito baixas as taxas de impotência e incontinência relacionadas aos tratamentos cirúrgicos da hiperplasia prostática benigna.

A equipe do Instituto Carioca de Urologia atua diariamente no acompanhamento e tratamento de pacientes com hiperplasia prostática. O acompanhamento regular com o urologista visa não apenas o rastreio do câncer de próstata, mas a identificação de doenças como a hiperplasia prostática entre diversas outras doenças do sistema urinário que podem ter evolução inicial silenciosa.

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