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Infecção Urinária

A infecção urinária é a invasão de agentes infecciosos, normalmente bactérias, dos tecidos do trato urinário.  Trata-se da infecção bacteriana mais comum sendo considerado que cerca de 15% dos tratamentos antibióticos prescritos em nível comunitário, visam o tratamento de infecções do trato urinário. O acometimento do trato inferior (bexiga) é mais comum e normalmente pode ser tratado no consultório, mas em alguns casos, principalmente pacientes que não receberam assistência pode evoluir para o acometimento de ureteres e rins (trato superior) podendo evoluir com complicações e necessidade de internação hospitalar para tratamento.  

Devido a anatomia feminina a infecção urinária é mais frequente em mulheres sendo considerada esporádica quando apresenta até 02 episódios por semestre ou até 3 episódios por ano, sendo acima disso considerada infecção urinária de repetição. Em casos de infecção esporádica a paciente pode ser inicialmente tratada com antibióticos baseados apenas nos sintomas clínicos, caso não seja possível a realização de uma cultura da urina, mas em casos de falha do tratamento ou recorrência dos sintomas é imprescindível a realização da cultura da urina e teste de sensibilidade a antibióticos.  Nos homens a infecção urinária é um evento pouco frequente e geralmente é consequência de problemas estruturais do aparelho urinário. Algumas doenças como a hiperplasia prostática, uretrite e a prostatite podem apresentar sintomas semelhantes a infecção urinária, mas o seu tratamento é diferente de uma infecção urinária simples. Quando diagnosticada infecção urinária bacteriana em homens, causas com válvula de uretra posterior, refluxo vesicoureteral, disfunções do trato urinário devem ser pesquisadas em crianças, enquanto cálculos urinários, hiperplasia prostática obstrutiva, estenose de uretra, disfunções miccionais, fístulas, prostatite, história de cirurgias do trato urinário ou uso de sonda, uretrite deve ser pesquisados nos adultos. 

Os sintomas mais comuns da infecção urinária são a ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e dor/desconforto na parte inferior da barriga, principalmente quando a bexiga está mais cheia, mas esses não são sintomas exclusivos da infecção urinária podendo estar presentes em diversas outras doenças do aparelho urinário, por isso a avaliação médica deve ser procurada antes de iniciar tratamentos com antibióticos. O diagnóstico da infecção urinária pode ser apenas clínico em casos esporádicos simples, onde o médico(a) avalia através da entrevista e exame físico, ou  associado a exames complementares onde são utilizados principalmente a análise da urina – Urina Tipo 1 – onde podem ser identificadas presença de nitrito  e células brancas (leucócitos/piócitos) e a cultura da urina onde pode ser identificado crescimento de bactérias  acima de 100.000 unidades formadoras de colônias por ml ( UFC/ml)  e realizado o teste de sensibilidade dessas bactérias aos antibióticos mais comuns. Nos homens ou em casos de falha do tratamento ou recorrência outros exames como exames de imagem (ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética), exames invasivos como a cistoscopia e o estudo urodinâmico, podem ser necessários.  

Alguns fatores de risco para infeção urinária de repetição são: o uso de espermicidas, higiene intravaginal excessiva ou uso de antissépticos vaginais, levando a mudanças na flora vaginal, relação sexual, prolapso da bexiga, menopausa, envelhecimento, constipação, entre outros. Medidas como a urinar logo após a relação sexual, aumentar ingesta de líquidos ao longo do dia sendo suficiente para urinar cerca de 2 litros por dia, não realizar a retenção urinária prolongada, regularizar o hábito intestinal e não interferir na flora vaginal, ajudam a evitar infecções urinárias.

O tratamento de infecções urinárias esporádicas simples baseiam-se no uso de ciclos curtos de antibióticos e podem ser manejados por clínicos gerais, mas os casos em homens, onde há sinais de complicações ou recorrência devem ser avaliados pelo especialista.

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