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Prostatite ou “Inflamação da Próstata”

A prostatite é definida como uma inflamação da próstata secundária a um processo infeccioso sendo a doença prostática mais comum diagnosticada nos jovens e a terceira mais comum nos homens com mais de 50 anos, depois da hiperplasia prostática e câncer de próstata. A prostatite pode ser aguda, geralmente com sintomas mais marcantes, ou crônica quando os sintomas persistem por mais de 3 meses. Até 12% dos homens com mais de 20 anos terão sintomas compatíveis com prostatite.

Os agentes mais comuns que provocam a prostatite são as chamadas enterobactérias tendo destaque para a Escherichia coli, sendo que nos jovens e pacientes que apresentam comportamento sexual de risco deve-se considerar germes relacionados às infecções da uretra como a Chlamydia, Ureaplasma, etc que são transmitidos por contato sexual. A infecção urinária, crescimento/hiperplasia da próstata, uso de sonda uretral, refluxo ductal, fimose, penetração anal sem preservativo, cirurgias uretrais e manipulação da uretra são alguns fatores de risco para desenvolvimento de prostatite. Estudos com amostras de próstata obtidas de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para aumento prostático benigno mostraram que 78% dos pacientes apresentavam alterações compatíveis com prostatite.

A prostatite aguda pode se apresentar com sintomas como febre, calafrios, dor perineal (entre o ânus e bolsa escrotal), desconforto no pênis, dor durante a ejaculação, queda do estado geral, ardência ao urinar, diminuição do jato e dificuldade de urinar, desejo de urinar constante, vontade súbita de urinar, eventualmente em casos mais complicados apresentar retenção urinária e sepse. Nos quadros crônicos os sintomas costumam ser mais leves podendo apresentarem-se de forma intermitente.

O diagnóstico de prostatite começa com a avaliação clínica e exame físico no consultório urológico. Exames como a dosagem de PSA no sangue, exames de urina com cultura, ultrassom da próstata, análise de secreção da uretra, podem ser solicitados, mas para o diagnóstico de prostatite muitas vezes é necessário a realização do teste de Stamey Meares, que consiste na análise de 4 amostras de urina sendo necessário realização de estimulação prostática durante o exame. A identificação do agente causador assim como o perfil de sensibilidade aos antibióticos auxilia o tratamento da prostatite.

O tratamento da prostatite normalmente é clínico, reservando abordagens cirúrgicas para casos complicados onde pode haver formação de abscesso na próstata. O uso de antibióticos por longos períodos associados a medicamentos para alívio dos sintomas é comum. Uma avaliação cuidadosa pelo urologista possibilita identificar e tratar possíveis alterações e fatores de risco para prostatite.
Existem alguns casos em que agentes infecciosos não são identificados apesar dos sintomas de prostatite. A prostatodinia é considerada uma inflamação da próstata não bacteriana onde o fluido prostático apresenta-se purulento mas sem a presença de bactérias são causas de sintomas prostáticos que não estariam diretamente relacionados a um processo infeccioso. Seu tratamento consiste muitas vezes no controle dos sintomas.

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