A vasectomia consiste no método de contraceptivo definitivo que promove a esterilização masculina. A Lei do Planejamento Familiar (nᵒ9.263/96) implica o consentimento expresso do cônjuge, paciente ter mais de 25 anos ou 02 filhos vivos, 60 dias entre a manifestação da vontade (normalmente assinatura do formulário de consentimento) e o ato cirúrgico, contando ainda com aconselhamento multidisciplinar.
Embora nenhum método contraceptivo seja 100% efetivo, a vasectomia encontra-se entre os métodos mais seguros, apresentando uma das maiores taxas de eficácia já durante o primeiro ano.
A técnica cirúrgica mais utilizada consiste na exteriorização dos ductos deferentes, que são os canais responsável por levar os espermatozóides dos testículos até as vesículas seminais, através de pequenas incisões nas laterais da bolsa escrotal, sendo então realizada a retirada de um segmento do ducto e ligaduras das extremidades afastadas uma da outra. Essa técnica permite ser realizada sob anestesia local, normalmente associada a sedação para maior conforto do paciente, com uma liberação do hospital no mesmo dia e uma rápida recuperação pós-operatória. Taxas de complicações cirúrgicas secundárias a vasectomia são muito baixas.
Após a cirurgia o paciente deve manter outros métodos contraceptivos até a confirmação de esterilização através da ausência de espermatozoides no sêmen, o que pode ocorrer após cerca de 3-4 meses ou 30 ejaculações.
A cirurgia para reversão da vasectomia é possível, mas trata-se de uma técnica com alta complexidade, envolvendo microcirurgia e com resultados variáveis. Quanto mais tempo de vasectomia menores serão as chances de sucesso da reversão. Algumas vezes o paciente volta a apresentar espermatozoides no esperma, mas não consegue obter uma gestação espontânea sendo necessários métodos de fertilização. É importante que o paciente tome a decisão de realizar a vasectomia de forma consciente.
